INCLUSÃO – Crianças participam de ação educativa no Dia Internacional da Síndrome de Down

• Atualizado há 6 anos ago
A escolha do tema marcou o Dia Internacional da Síndrome de Down, transcorrido nesta quarta-feira, 21. O filme conta a história de uma turma de alunos que recebeu na escola um coleguinha com a síndrome.

Em um mundo onde tanto se combate o ódio com o amor, os alunos do 3º ano da Escola Municipal Antônio Carvalho Brasil, no bairro da Cremação, dão o maior exemplo de respeito ao próximo. A turma da pequena Ana Caroline Ribeiro, de 10 anos, reproduz na prática o real significado de que ser diferente é normal.

Na tarde desta quarta-feira, 21, os quase 30 alunos da turma assistiram a um vídeo explicativo sobre o que é a síndrome de Down, mas esta não foi apenas uma reunião daquelas que a professora junta a turminha para uma dinâmica de classe: foi o momento de todos compreenderem como ocorre a alteração genética e nasce uma pessoa com a síndrome.

A escolha do tema foi em alusão ao Dia Internacional da Síndrome de Down, transcorrido nesta quarta-feira, 21, que de forma lúdica retratou a história de uma turma de alunos que recebeu na escola um coleguinha com a síndrome. Na historinha, o garotinho se tornava querido por todos, até que o preconceito partiu dos pais daqueles alunos, que exigiam que as crianças se afastassem dele. No desenrolar da história, todos, inclusive os adultos, reconheceram o quanto o preconceito é ruim, e o respeito e amor são fundamentais para a vida.

Ana Carolina Ribeiro dos Santos e Maria Eduarda Lima – Dia internacional da Sindrome de Down

Enquanto o vídeo era exibido, as amigas não se desgrudavam um segundo, e a cada explicação a troca de carinho e cuidado aumentavam. “Ela é minha amiga inseparável. A gente passa a tarde juntas estudando e brincando, ela faz tudo com a gente, é quase uma irmã”, disse Maria Eduarda Lima, de 8 anos, amiga inseparável de Carol.

João Guilherme Souza, de 8 anos, ficou atento ao vídeo que foi exibido e ao final comentou: “Eu não gostei quando os pais dos meninos disseram para ele se afastar do garotinho. É triste ver isso. Aqui na nossa escola a gente gosta de todo mundo. A Caroline é nossa amiga e brinca com todos”.

Ana Caroline tem síndrome de Down, e o carinho que recebe dos colegas de classe resulta da educação quem eles têm tanto na escola, como em suas casas. Com carinho e cuidado, eles incentivam a colega a participar de todas as atividades, mesmo que ela tenha alguma dificuldade, ou que a timidez a faça ficar quieta no seu lugar.

“Aqui na escola nós atendemos 25 crianças com diferentes tipos de deficiências, e escolher a data de hoje para exibir esse desenho foi com o intuito de fazer a sensibilização de toda a comunidade escolar. Todas as turmas (do jardim ao 5º ano) terão a oportunidade de assistir ao vídeo e depois discutir o tema, para despertar neles o respeito. O desfecho do vídeo é interessante para fazer com que eles entendam o que é a síndrome de Down”, explicou a professora Denise Marruaz, que dá assistência aos alunos com deficiência na sala de recursos multifuncionais.

A professora Denise Marruaz, que atende alunos com deficiência na sala de recursos multifuncionais, explicou: “Aqui na escola nós atendemos 25 crianças com diferentes tipos de deficiências, e escolher a data de hoje para exibir esse desenho foi com o intuito de fazer a sensibilização de toda a comunidade escolar”.

A escola Antônio Carvalho Brasil tem 460 alunos matriculados, divididos nos turnos da manhã e tarde, e é uma das escolas municipais que conta com uma sala de recursos multifuncionais do Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (Crie), vinculado à Secretaria Municipal de Educação (Semec). Nestes espaços, alunos com síndrome de Down, autismo e surdez, assim como outras deficiências, matriculados na rede municipal de ensino de Belém, recebem atendimento especializado das equipes multiprofissionais das áreas de Educação, Artes, Psicologia, Serviço Social, Psicopedagogia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, que visam ao estímulo das habilidades que a criança apresenta para que ela consiga desenvolver aquilo que os professores propõem em sala.

“A minha maior satisfação é perceber que cada um de nós tem um potencial a ser desenvolvido e fazer a educação especial em nosso município. É oportunizar por meio de programas e projetos, a prática da inclusão por meio do amor, do respeito e da solidariedade”, avalia a coordenadora do Crie, Denise Costa.

Programação – Ainda como parte da programação desta semana, nesta sexta-feira, 22, as escolas da rede municipal terão ciclos de palestras e ações sobre o tema da síndrome de Down, e o Crie também realizará uma programação especial envolvendo os profissionais e alunos da rede.

Por Karla Pereira

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